Crianças conhecem pintura sumiê no estande do FNDE na Bienal
- Escrito por Assessoria de Comunicação Social do FNDE com informações do Ministério da Educação
- Quarta, 18 Agosto 2010 17:07
ASCOM-FNDE (São Paulo) – Uma caipira do interior paulista com um leve toque oriental. Assim se define a escritora e ilustradora Lúcia Hiratsuka, que marcou presença nesta quarta-feira, 18, no estande do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) na Bienal do Livro de São Paulo.
Nascida na cidade de Duartina e neta de japoneses, ela absorveu referências brasileiras e nipônicas durante a vida, o que contribuiu decisivamente para seu estilo artístico, que transita entre a leveza do traçado de suas ilustrações e a inventividade das histórias que escreve. “Como só fui alfabetizada em português aos sete anos, achava que era japonesa, e descobri minha identidade brasileira aos poucos”, diz ela.
Lúcia mostrou aos estudantes presentes no estande do FNDE como faz seus desenhos na técnica sumiê, originária da China e levada ao Japão no século XIV pelos monges zen-budistas. “As pinceladas são muito simples e buscam a essência do objeto retratado”, ensinou. Com um pincel grosso de bambu e tinta a base de carvão, preencheu várias folhas em branco com árvores, plantas, peixes, pássaros, borboletas, deslumbrando a criançada.
Inspiração - Também escritor e ilustrador, Ricardo Azevedo foi o outro palestrante do dia. Autor de mais de cem livros para crianças e adolescentes, ganhou quatro vezes o Jabuti, prêmio literário mais importante do país. “Mal ou bem, escrevo todos os dias, porque não acredito em inspiração”, afirmou.
Azevedo explicou como nascem seus livros e falou sobre a criação do texto e das ilustrações, a definição do formato e do projeto gráfico e, por fim, sua impressão e distribuição.
Amanhã, quinta-feira, estarão no estande do FNDE o escritor angolano Ondjaki, pela manhã. À tarde, o ilustrador chileno Andres Sandoval, o contador de histórias Chico dos Bonecos e o escritor Bartolomeu Campos de Queiróz.
A plateia acompanhou atentamente o trabalho de Lúcia.
Assessoria de Comunicação Social do FNDE